Brasil
18/10/2009

Traficantes derrubam helicóptero da PM no Rio

Folha de S. Paulo e Folha Online

RIO -- Traficantes do morro de São João (Engenho Novo, zona norte do município do Rio de Janeiro) derrubaram a tiros, às 10h de ontem, um helicóptero da Polícia Militar.

A aeronave se incendiou ainda no ar e dois policiais morreram carbonizados. Outros quatros sofreram queimaduras graves. Um deles foi também baleado.

O helicóptero sobrevoava o São João e o vizinho morro dos Macacos (Vila Isabel). Controladas por facções inimigas, as favelas entraram em guerra na madrugada. Apoiada pelo CV (Comando Vermelho), a quadrilha do São João invadira o Macacos, vinculado à facção ADA (Amigo dos Amigos).

O Macacos é o principal reduto da ADA na região. Sua localização, em um bairro próximo ao centro e com expressiva população de classe média, o torna cobiçado pelas facções criminosas, especialmente o CV, que domina a maior parte das favelas dos bairros vizinhos.

O governo do Rio contabilizou 13 criminosos mortos, oito ônibus e uma escola incendiados, dois moradores feridos sem gravidade, dois PMs mortos e dois oficiais baleados. Familiares de três mortos dizem que eles não eram traficantes. A federação das empresas de transportes de passageiros afirma que dez ônibus queimados. Também foram atingidos pelo fogo um carro e um caminhão da companhia de limpeza urbana.

Segundo testemunhas, o helicóptero foi atingido na traseira, possivelmente na hélice, o que deu início ao fogo. O piloto Marcelo Carvalho foi baleado no pé. O outro piloto, capitão Marcelo Vaz, mesmo queimado e com pouco controle sobre o aparelho, conseguiu fazer um pouso emergencial em um campo de futebol. No solo, o helicóptero foi destruído pelas chamas.

Os soldados Marcos Macedo e Ediney de Oliveira não conseguiram saltar. A perícia não achou vestígios de tiros nos cadáveres. Moradores da região elogiaram o piloto. "Ele foi 'gente boa'. Se esforçou para não cair nas casas", disse Luis Rocha, 61 anos.

Na tentativa de impedir novos confrontos, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ordenou prontidão na PM, reforços na Polícia Civil e ocupação das favelas.

A invasão começou à 1h. PMs chegaram ao pé do Macacos às 3h, mas não o ocuparam sob a alegação de que não tinham ordem. "Quando é noite a polícia não entra. Temos responsabilidade. A polícia não vai entrar de maneira açodada, sem o devido planejamento", disse o secretário Beltrame.

Para escapar dos tiros e granadas, moradores desceram até a 25ª Delegacia, para pedir ajuda. Interditaram a rua e queimaram pneus.

Os morros de São João e Macacos foram invadidos pelos PMs às 7h, mas os tiros continuaram até as 10h. Quando pararam, começaram os incêndios.

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