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Capital vai mapear 477 áreas de risco
Aline Mazzo e Folha de S. Paulo
do Agora
Começa no mês que vem o mapeamento das áreas de risco da capital. O estudo, que será feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), identificará 477 locais que oferecem riscos à população. O levantamento, contratado pela prefeitura, é o principal instrumento do município para promover a remoção de famílias. O último estudo desse tipo foi feito em 2003, e apontou 562 locais de risco.
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Oito técnicos vão demorar um ano para percorrer todos os pontos. Segundo a pesquisadora do laboratório de riscos do IPT Katia Canil, o risco pode ser classificado em baixo, médio, alto e muito alto. Para isso, é avaliado se o solo está exposto e trincado, se o terreno é inclinado e o tipo de moradia, entre outros parâmetros. Conforme a situação encontrada, os técnicos recomendam a retirada de famílias ou intervenções.
A Promotoria de Habitação e Urbanismo, que exigiu da prefeitura esses dados seis anos atrás, considera "um problema grave" a inexistência de um novo mapa, já que invasões e formação de novas favelas são constantes.
O geólogo do IPT Eduardo Macedo afirma que em países da Europa, mapeamentos desse tipo são feitos anualmente e as obras são constantes, mas em São Paulo não adianta fazer isso, pois o poder público tem limitações de dinheiro. A prefeitura gastou até agosto apenas 21% dos R$ 29 milhões reservados para "contenção em áreas de risco".
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