Nas ruas
13/10/2009

Revolta e cenas de destruição no retorno ao palco da tragédia

Willian Cardoso
do Agora

Moradores manifestaram revolta contra as autoridades ontem, no dia seguinte ao incêndio da favela Vila Nova Jaguaré, que destruiu aproximadamente 300 barracos, segundo os bombeiros.

Rivaldo Gomes/Folha Imagem
Morador em meio a escombros de barraco destruído
Morador em meio a escombros de barraco destruído

Na volta ao palco da tragédia, eles encontraram pilhas de escombros dos barracos incendiados; brinquedos, talheres, panelas e eletrodomésticos incinerados e corpos de animais carbonizados. Moradores caminhavam sobre pedaços de telhas para não ferir os pés enquanto tentavam encontrar algum pertence preservado.

A doméstica Franciane Renata Martins, 19 anos, uma das desabrigadas, aguardava doação de roupas e alimentos no local na manhã de ontem. Ela morava com o filho de um mês em um dos barracos que foram destruídos

"Perdi tudo: berço, roupas e todo o enxoval do meu bebê", disse. Ela afirmou ainda que não tinha dinheiro nem para ir até a casa de sua mãe, em Mogi das Cruzes (Grande São Paulo), uma vez que todas as suas economias também foram queimadas.

Ela lamentava um Dia da Criança que não se apagará de sua memória. "Era para ser inesquecível, por estar pela primeira vez com um filho, e não deixará de ser, mas de outra maneira", disse.

Angela Maria da Silva, 48 anos, estava no meio do terreno --onde ficava seu barraco-- apoiada em um cabo de vassoura. Ela já foi catadora de papel, mas após sofrer uma paralisia, passou a depender do filho, que acabou sendo assassinado há cinco anos. Nos últimos cinco anos sobrevivia apenas da solidariedade de vizinhos, que faziam doações.

"Agora não sei mais o que vou fazer", afirmou.

Já dentro de um dos apartamentos temporariamente invadidos do CDHU, o ajudante geral Caíque Bezerra da Silva, 18 anos, justificava a invasão. "É uma forma de chamar a atenção, como se fosse uma desobediência civil. Se não fizermos isso, eles não vão nos ajudar. Ninguém aqui tem a intenção de destruir nada", disse.

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