Leia histórias de quem passou pelo caos

INCÊNDIO

Moradores da Casa Verde (zona norte de SP) apagaram, por volta das 10h de ontem, um princípio de incêndio em um imóvel que estava alagado, na rua Brazelisa Alves de Carvalho. Eles utilizaram a própria água da enchente para tentar apagar o fogo no local, onde funciona uma gráfica. Ninguém ficou ferido.

TAXISTA

O taxista Francino Pedroso aproveitou que a entrada do Fórum Trabalhista estava inundada e fez "frete" para a garagem do prédio. O preço era R$ 3 por pessoa. "Tá achando caro? Então atravessa aí", dizia aos clientes. Quando o nível da água começou a diminuir, o taxista já negociava descontos.

CPTM

O programador Alexandre Santos, 30 anos, que mora em Pirituba (zona norte de SP) e trabalha no Morumbi (zona oeste de SP), e faz três baldeações entre as estações Piqueri da CPTM e Giovanni Gronchi do metrô, atrasou mais de três horas para sair de casa devido ao alagamento de trechos entre as estações Caieiras e Perus da linha 7-rubi da CPTM.

BOTE E REMO

O cenógrafo e cenotécnico Aécio Silva do Amaral, 39 anos, comprou um bote inflável e dois remos por R$ 240 para chegar ao trabalho ontem. Ele remou por quase mil metros para ir ao estúdio onde trabalha, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP) e salvar das águas equipamentos do estúdio do fotógrafo Bob Wolfenson.

ILHADA

A professora Vivian Dantas, 23 anos, que mora no Jaraguá (zona norte de SP) e dá aula para uma turma de maternal de uma escola particular na Vila Madalena (zona oeste de SP), deixou seus alunos sem aula porque não conseguiu ultrapassar a interdição da avenida Ermano Marchetti, na Lapa, também na zona oeste. Ela conta que ficou mais de três horas presa no trânsito.

COMÉRCIO

A região da rua 25 de Março --um dos maiores pontos de comércio popular da capital-- sofreu ontem uma queda de aproximadamente 40% no movimento devido aos efeitos das chuvas que caíram na madrugada sobre a Grande SP, segundo a Univinco (União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências).

FRETADO

Morador de Pirituba (zona norte de SP), o metalúrgico Thiago Figueiredo Freitas, 19 anos, perdeu ontem o dia de serviço porque o ônibus fretado que o leva, junto com outros 34 funcionários da empresa, para Cabreúva (78 km de SP), não passou ontem em seu ponto de parada, próximo à ponte do Piqueri. "Ninguém vai trabalhar hoje, mas não ninguém vai perder dinheiro com a falta.

• Leia a cobertura completa sobre as enchentes que pararam São Paulo em um caderno especial do Agora desta quarta-feira, 9 de dezembro, nas bancas.

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